quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Na Toca do Basilisco 10

Ato 10
A Tempestade Surpresa antes da Tempestade Prevista

Abell e Toledo, junto com alguns Gnish, caminhavam pelos corredores levando alguns baús. Abell estava pensativa e resolveu falar com Toledo.
Abell: Toledo, você não acha estranho?
Toledo: O Fato da Srt. Gorgon não ter aparecido ainda?
Abell: Sim... Só falta 3 semanas para completar dois meses que a Srt. Corvinus está aqui e ela ainda nem apareceu. Estou ficando preocupada.
Toledo: Não se preocupe. Se ela não veio agora, deve ser por que percebeu a irmã do Barão está por vir, portanto, ela não irá aparecer tão cedo. Afinal, ela nunca desafiaria sua própria mestra...

Enquanto isso, no Reino Aéreo das Harpias...
O Reino Aéreo das Harpias é um lugar igual aos outros Planos Elementais do Ar: Um infinito Azul-céu, sem fundo, nem cima, nem baixo, sem limites. Alguém que não esteja acostumado com o lugar, pode facilmente encarar que está caindo no infinito azul, que está subindo rumo ao azul-céu sem fim ou simplesmente que está flutuando no mar de nuvens do azul sem finito. Alguém acostumado com a terra firme não gostaria de ficar naquele belo azul à menos que encontre uma Ilha Alada.
Ilhas Aladas são ilhas flutuantes que passeiam no infinito mar de nuvens do Reino. Sua formação é de rocha, terra e Tartaruga Alada.
Tartarugas Aladas. Isso mesmo, Tartarugas Aladas. Elas são tartarugas gigantes, geralmente com mais de 100 mil quilômetros quadrados. Possuem milhões de pequenos pares de asas por toda a extensão da borda de seus cascos, batendo sem parar e sem descanso, mesmo quando a tartaruga dorme, e quando esta chega ao fim da vida, uma nova tartaruga, filhote da primeira, se instala em seu casco, num infinito ciclo de vida e morte.
A capital do Reino Aéreo das Harpias se encontra em Esopo, a maior Ilha Alada do Reino. A Rainha das Harpias Fattha, mora no Palácio Real das Harpias.
O Barão e Kullirag voavam rumo a Esopo, para se encontrar com a Rainha das Harpias e pegar um fio de seu cabelo, tarefa aparentemente fácil, se não fosse o problema da Rainha Fattha ser uma das ex-namoradas furiosas do Barão...
Baron Basilisk: Bem, segundo essa bússola cravejada de esmeraldas...
Kullirag: Chama-se Bússola dos Ventos =D
Baron Basilisk: Que seja... Bem, estamos perto... Tem certeza que esse vendedor é confiável?
Kullirag: Ah, cara, o Torm pode ser um vendedor malandro, mas ele nunca tentaria enganar o cara que deu essa lábia toda pra ele em troca de sua alma! =D
Baron Basilisk: Sei...
Logo eles avistaram Esopo, que dormia tranquilamente (literalmente, tinha até uma bolha de catarro em seu focinho). Pousaram em uma rocha próxima ao palácio.
Kullirag: Porque aterrissamos aqui?
Baron Basilisk: Existe uma lei aqui na capital que diz: Se o Barão Basilisco entrar nas imediações do Palácio Real, deverá ser levado para a presença da Rainha Fattha". Essa lei já vale à uns 50 anos e eu não quero nem saber o porque da Fattha ter decretado essa lei à tão pouco tempo...
Kullirag: Talvez ela só queira reviver os velhos tempos, garanhão =D
Baron Basilisk: Para de falar besteira! A última vez em que eu a vi, ela disse que me fatiaria e me comeria ainda cru se eu me aproxima-se dela em um raio de 100km!
Kullirag: Então não é estranho ela ter decretado uma lei que diz para trazer você até ela?
Baron Basilisk: É, é estranho, mas mesmo assim temos que tomar cuidado. Vamos só pegar uma das escovas de cabelo dela, com certeza deve ter ao menos um fio de cabelo dela nessas escovas...
Kullirag: Mas e se for o cabelo de uma das empregadas que usou a escova secretamente?
Baron Basilisk: Nenhuma das empregadas tem cabelo azul que nem o dela!
Kullirag: Ah, então tá! =D

Enquanto isso, no covil do Barão...
Lizzette andava pelos corredores com paredes de mármore, totalmente entediada. Não havia muita coisa para ela fazer com o Barão longe dela, e ela odiava admitir isso. Lembra que uma vez ele mencionou que não tinha uma namorada a mais de setecentos anos... Será que ele era tão velho? Ela encontrou Toledo no meio do corredor, alinhando um quadro na parede. Resolveu conversar um pouco com ele, afinal, ela não falava muito com ele e gostaria de conhece-lo melhor.
Lizzette: Bom dia, Toledo!
Toledo responde sem se virar, ainda alinhando o quadro para que ficasse perfeito.
Toledo: Srt. Corvinus, me guiando apenas pelo tic-tac do relógio três corrredores a frente, posso concluir que é muito tarde para se dizer "Bom Dia". O mais correto seria "Boa Tarde", mas obrigado por desejar-me isso assim mesmo T.T
As palavras de Toledo fizeram com que Lizzette se sentisse no Pólo Norte totalmente despida.
Lizzette: N-não precisa ser tão detalhista...
Toledo: Para um mordomo, ser detalhista é preciso, caso contrário, ele não será digno nem de servir uma ameba T.T
Lizzette sentiu que o clima estava com uma aura um tanto pesada, mas resolveu continuar.
Lizzette: Bem, eu queria perguntar uma coisa...
Toledo: Desde que não seja sobre os relacionamentos anteriores do Barão, eu posso responder a tal pergunta.
Lizzette: Bem, é que na verdade... É sobre esses relacionamentos que eu queria perguntar, hehe
Lizzette estava vermelha por perguntar algo proibido, mas queria saber assim mesmo. Toledo termina de ajeitar o quadro e se vira para ela.
Toledo: Srt. Corvinus, a única coisa que posso falar sobre os relacionamentos do Barão é o fato de ele não ter uma namorada à alguns séculos, mais exatamente 5 séculos. A quantidade exata de relacionamentos eu não posso informar,pois nem eu mesmo tenho essa informação.
Lizzette: Então, quando o Barão falou que não tinha uma namorada a mais de setecentos anos, no dia em que nos conhecemos, ele...
Toledo: Ele somente falou de forma errônea. Às vezes ele se esquece da última vez em que ficou com uma mulher antes de sua chegada.
Lizzette: Eu tenho outra pergunta...
Toledo: Faça-a.
Lizzette: Quantos anos o Barão tem?
Toledo: Dois meses antes de sua chegada, ele comemorou seus oitocentos e dezesseis anos de vida, mas o bolo foi destruido quando alguns heróis invadiram o covil. Foi nesse dia que a montanha onde se localiza este palácio começou a expelir chamas.
Lizzette lembrou imediatamente desse dia, o pessoal da vila achou que a montanha tinha virado um vulcão.
Lizzette: E-eu lembro disso...
Toledo: Se me permite um conselho, Srt. Lizzette, eu peço para que faça perguntas diretamente ao Barão, mas talvez não seja preciso. Todas as suas perguntas sobre a vida do Barão serão respondidas com a convivência.
Lizzette: Como sabe disso?
Toledo virou-se e começou a caminhar pelo corredor.
Toledo: Eu apenas sinto.

Voltando para o Reino Aéreo das Harpias...
Depois de algum tempo se esgueirando pelos corredores do palácio, o Barão e Kullirag chegam ao quarto da Raina Fattha. Eles começam a procurar as escovas da Rainha, até o Barão encontra uma gaveta cheia delas.
Kullirag: Agora só temos que encontrar uma que tenha um fio de cabelo dela...
Baron Basilisk: Isso não deve ser muito difícil...
Infelizmente, era difícil sim. Ao que parece, muitas empregadas usavam as escovas da Rainha secretamente. Muitas escovas tinham muitos fios de cabelos emaranhados entre elas.
Baron Basilisk: Será que a Fattha ainda usa essas coisas?
???: Uso sim, mas pedi para as empregadas usarem elas para fazer você ter esse trabalho todo.
Ao ouvir a voz conhecida, o Barão imediatamente virou-se e encarou uma lança que estava à 4 centímetros de seu nariz. A arma estava nas mãos de uma mulher de cabelos verdes que usava uma armadura dourada, uma mulher igualmente vestida, mas de cabelos castanhos, apontava outra laça para Kullirag. Uma mulher de cabelos azuis falou:
???: Vamos, Idiota! Precisamos conversar na Sala do Trono...
Kullirag: Vamos para o banheiro?
???: Não, sua anta! É a Sala Real do meu Palácio!
Kullirag: Aaaaaaaaaaaaaaah, então tá! =D
Eles seguiram para a sala o trono. A mulher de cabelos azuis era muito bela: o corpo curvilíneo era coberto por vestes semi-transparentes, o peso dos enfeites de ouro que usava faziam com que suas vestes ficassem mais juntas ao corpo, revelando sua pele clara. "Realmente, Fattha continua bela, mesmo depois de ter tido 22 filhas" pensava o Barão.
Quando chegaram ao Salão do Trono (ou seja lá como chamam), Fattha se sentou em seu imenso trono de ouro, encarou o Barão e Kullirag e falou:
Rainha Fattha: Sabe proque está aqui, Baron?
Baron Basilisk: V-você vai me fatiar e me comer cru?
Rainha Fattha: Embora eu adore a idéia de saborear um sushi de basilisco...
Ela soltou um sorriso emanava uma aura assassina enquanto dizia isso.
Raiinha Fattha: ... O motivo para você estar aqui é outro.
Baron Basilisk: É um motivo tão ruim para decretar uma lei de perseguição a mim?
Rainha Fattha: Então você soube da lei? Bem, não importa agora... Você se lembra de quando eu deixei você?
Baron Basilisk: É claro que sim, você veio atrás de mim com uma espada de 2m de comprimento... ú_ù'
Rainha Fattha: Sabe porque eu parei com isso?
Baron Basilisk: Que eu me lembre, foi porque você pôs um ovo, não é mesmo?
Rainha Fattha: Isso mesmo! Sabe de quem é esse ovo?
Baron Basilisk: Meu é que não é, afinal o tempo de gestação de um ovo de harpia é de quatro meses e nos separamos cinco meses antes, eu verifquei para ter certeza.
A Rainha olhou para ele como se estivesse olhando para a criatura mais burra que já viu.
Rainha Fattha: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH!!! COMO VOCÊ PODE SER TÃO BURRO?!
Baron Basilisk: Ah, num vem dizer que eu tenho uma filha, por que isso não cola não, viu?!
Rainha Fattha: Sua anta!!! Não se lembra que aquela sua ex-namorada ciumenta, Nagi Sei-lá-das-Quantas, me transformou em pedra?!
Baron Basilisk: Como eu posso esquecer?! Toda vez que eu arrumo uma nova namorada aquela peste vem me atormentar! Ela transforma todas as minhas pretendentes em pedra!!!
Rainha Fattha: Isso mesmo! E depois que ela faz isso, você manda as namoradas transformadas em pedra para sua irmã!
Baron Basilisk: Mas é claro! Ela é a única que conheço que sabe produzir a cura para transformação em pedra! E é sempre daí que as minhas namoradas resolvem se transformar em inimigas mortais minhas!!!
Rainha Fattha: Com aquela irmã que você têm, não é pra menos! Quando fui transformada em pedra, a sua irmã tirou minhas vestes e fez sei-lá-o-quê comigo! E depois de um mês, eu acordei e estava vestindo apenas fitas de couro e sua irmã queria fazer XXX e XXX comigo!
Baron Basilisk: Tá, eu admito que minha irmã é um pouco estranha, mas ainda não tô entendendo por que me trouxe aqui.
Rainha Fattha: MAS TU É BURRO MESMO, NÉ?!?!?!?!?!!!!!!! O EMBRIÃO VIROU PEDRA TAMBÉM!!!!!!!!!!!!
Baron Basilisk: Ainda não entendi.
Rainha Fattha: GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!! Como ainda não entendeu?! O embrião virou pedra junto comigo e depois de um mês, sua irmã me tirou a maldição e o embrião voltou ao normal também!
Baron Basilisk: Peraí... Então está dizendo...
Rainha Fattha: Isso mesmo!
Baron Basilisk: ... Que eu sou...
???: Papaaaaaai!!!!!!!!!!!!!!
Alguém pula em cima do Barão, derrubando-o no chão. O Barão se vira para olhar quem pulou em cima dele e sente seios muito macios serem pressionados contra seu peito. Uma garota de cabelos castanhos o abraça, gritando constantemente:
???: Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai! Papai!
Baron Basilisk: O QUÊ?!!!!!!!

Enquanto isso, próximo ao covil do Barão...
????: Finalmente, eu cheguei... Agora vou tirar mais uma piranha da jogada! Logo, logo, vou ter meu Baron só pra mim e para a Mestra Baronne.
Os cabelos da estranha mulher começam a sibilar como várias cobras.
????: Calma, queridas. É melhor fazermos isso rápido, não quero que a Mestra Baronne descubra que eu vim novamente atrás do Baron.

Três tempestades pairam sobre o destino do covil do Barão...

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