quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Na Toca do Basilisco 12

Ato 12
Capítulo das Rainhas do Mar - Parte I

À cinco séculos, o mundo de Arret sofreu as consequências dos atos humanos na natureza: O constante aquecimento do planeta fez com que os pólos derretessem e o nível do mar se elevasse, fazendo com que restasse somente alguns pedaços de terra habitada. Foi nesse momento que elas se revelaram: as sereias.
As sereias estenderam a mão aos humanos que restaram e eles conseguiram se levantar novamente. Os conflitos não acabaram, lógico, mas a humanidade havia escapado da extinção. Pelo menos, naquele mundo.
Neste mundo, os oceanos são sete: Safira, Cristal, Esmeralda, Ônix, Diamante, Rubi e Jade, divididos por ilhas, rotas marítimas e região climática.
O Oceano de Jade, lar do Palácio Submarino da Rainha Parténope, recebe este nome por ter em sua região várias ilhas que possuem tais pedras, muito valiosas tanto entre humanos e sereias.
No Palácio, uma sereia de longos cabelos azul anil, presos em duas tranças, olhos violeta e de pele pálida, era escoltada por duas sereias de armadura. Estavam fazendo seu passeio matinal.
???: Que chato! Não dá pra largarem da minha cauda?
Amazona: Desculpe, Quinta Princesa, mas você sabe que a Rainha quer que cuidemos de você por causa da sua doença.
Quinta Princesa: Mas que droga, Laina! Cof, Cof, cof...
Amazona Laina: Cuidado, Quinta Princesa! A sua doença!
Quinta Princesa: Eu tô bem, me esquece, ok?
"Droga..." pensava ela irritada, "...Só porque eu ia ver as serpentes marinhas agora de manhã"
De repente, a princesa pára bruscamente, com os olhos desfocados. Uma das amazonas se vira para a princesa, se apoia na lança e começa a falar:
Amazona Laina: Ai, ai. O que será que ela tá vendo dessa vez, Tânia?
A outra que esteve calada até então, fala:
Amazona Tânia: Por que será que justo a Quinta Princesa tem o poder de ver Passado, Presente e Futuro? Se pelo menos ela soubesse dizer quando acontece seria mais útil...

-----------------------------------------------------------------------

Um grupo de visitantes chega na Ilha Foxunne. Cada um veio de um lugar distante, mas precisamente, uma outra dimensão. Eram o Barão, Kullirag e Swallow, que saiam da filial da Sociedade dos Guias Dimensionais* daquela região.
Baron Basilisk: Puuuuuuuxa, que lugar quente!
Kullirag: Cê acha? Tá bem frio para mim!
Baron Basilisk: É claro que é frio para você! Você nasceu num dos Planos Infernais do Fogo!!!
Kullirag: Ah, você tem razão! =D
Swallow pula nas costas do Barão abraçando-o.
Swallow: Nyahahahahahaha! O Papai é tão inteligente!!!
Kullirag: Sim, sim, Swa-chan! Ele é mesmo!!! =D
Baron Basiisk: -.-'

-----------------------------------------------------------------------

Quinta Princesa: Vejo alguém desesperado cercado por idiotas. Em alguma ilha à milhares de quilômetros daqui, só não sei se já aconteceu ou ainda vai acontecer...
Amazona Tânia: Deixa disso, Quinta Princesa. Você tem que ir para o quarto como a Rainha ordenou. Você tem que se preparar pois a Rainha Sirenny, do Oceano de Safira está vindo aqui para ter uma reunião com a Rainha Parténope.
A princesa responde com uma cara emburrada.
Quinta Princesa: Cof... Tá bem...
Ela entra em seus aposentos e as amazonas ficam de guarda em frente a porta. A Quinta Princesa divide seu quarto com a mais nova das filhas da Rainha Parténope, a Sexta Princesa, Vienna Von Eeonny.
Vienna estava deitada em sua cama, que parecia ser feita de uma bolha cor-de-rosa. Ao ver a irmã, a sereia de cabelos rosa claro pula nela e a abraça.
Vienna: Bibi-chan! Você chegou!
O nome verdadeiro da Quinta Princesa é Byassa Von Eeonny, mas era chamada assim somente por suas irmãs e sua mãe. Não tinha amigos que a chamassem pelo seu nome, pelo menos, amigos que não sejam as serpentes marinhas. Estas sim eram suas amigas, sempre que podia as visitava na froteira do Oceano de Jade com o Oceano de Safira.
Vienna: Bibi-chan, você está triste?
Byassa: Um pouco...
Vienna: É por que você não brincou com as serpentes hoje, né?
Byassa: É, foi sim...
Vienna olha para sua irmã mais velha. Algo lhe vem à cabeça, vai até seu armário e fala:
Vienna: Bibi-chan, vem cá!
Byassa vai até onde a irmã mais nova estava.
Vienna: Bibi-chan, me ajude a empurrar isso pro lado, tá bom?
Byassa: Ok, mas não sei como isso vai me ajudar...
Elas empurraram o armário para o lado, revelando apenas o pedaço de parede que ele escondia.
Byassa: O que você queria me mostrar, Vienna?
Vienna dá um sorrisinho e coloca as mãos sobre a parede escondida. Um circulo mágico aparece e então a parede se abre revelando uma passagem.
Byassa: Como sabia disso?
Vienna: Descobri um monte de passagens secretas semana passada, Bibi-chan! Foi quando todo mundo tava dormindo, então eu fui procurar as passagens secretas e decorei onde cada uma ia dar!
Byassa: Mas como sabia que tinha passagens secretas aqui no castelo?
Vienna: Foi a Tia Mel que contou!
Ela se referia à Duquesa Melissa, prima da Rainha Parténope, que foi criada junto com ela quando as duas eram crianças. Elas nunca se deram bem (mais ou menos do jeito "melhores inimigas/amigas"), a Duquesa contou a Vienna sobre as passagens só para atormentar um pouco a Rainha Parténope.
Byassa: Bem, mas você sabe onde vai dar essa passagem?
Vienna: Vá em frente, entre na terceira passagem à esquerda, na bifurcação vá à direita e aí você vai sair à 156 quilômetros daqui, bem perto da região das serpentes marinhas. =)
Byassa fica um pouco supresa e então abraça a irmã mais nova. Ela fala:
Byassa: Obrigado, Vivi-chan!
Vienna: De nada, maninha! Vai logo, se não as guardas descobrem!
Byassa passa pela passagem secreta, enquanto Vienna fecha ela. A quinta princesa segue todas as indicações que sua irmã mais nova disse e sai por um lugar cheio de algas marinhas imensas. Ela resolve arriscar e eleva a cabeça acima das algas. Reconhece ao longe o caminho que leva ao território das serpentes marinhas e segue até lá.

Enquanto isso, em Foxunne Island...
O Barão olhava um mapa-mundí do mundo onde estavam.
Baron Basilisk: Bem, estamos em uma das ilhas que ficam na fronteira do Oceano Jade com o Oceanno de Rubi. Que droga...
Kullirag: Qual é problema?
Baron Basilisk: Não estamos onde era para estarmos, a fronteira do Oceano Safira fica no encontro da fronteira do Oceano Jade, Oceano Rubi e do próprio Oceano Safira.
Kullirag: Ainda não vejo o problema, podemos voar em linha reta até lá! =)
Baron Basilisk: É, mas vamos sobrevoar o território das serpentes marinhas e elas vão até a superfície às vezes para comer alguma coisa que sobrevoa o território delas.
Kullirag: Voaremos mais alto, oras!
Baron Basilisk: Não dá.
Kullirag: Hm? Como assim?
O Barão aponta para as nuvens. Estava fazendo um belo dia de sol.
Kullirag: Acho que você está se preocupando demais só por causa da sua filha, cara.
Swallow, que estava comprando sorvete numa barraquinha perto da praia, chega perto do Barão, olha para o céu e começa a apontar:
Swallow: Papai, aquilo lá em cima é o que?
Kullirag: Hã? Onde?
Kullirag força um pouco a visão. Só vê nuvens.
Kullirag: Depois eu é que sou doido... Que é que vocês tão vendo que eu num tô?
Baron Basilisk: As nuvens.
Kullirag: E o que é que tem?
Baron Basilisk: São piranhas voadoras, cardume delas.
Kullirag: É o quê?
Baron Basilisk: Piranhas voadoras, são piranhas brancas como nuvens que conseguem voar. Passam a maior parte do tempo voando e ficam na água quando precisam recuperar oxigênio, ficam em bando e parecem nuvens de longe, quando alguém chega perto elas se revelam e aí é tarde demais.
Kullirag: Diabo, como sabe disso?!
Baron Basilisk: O cara que vendeu esse mapa para mim que me falou. O território delas é logo acima do território das serpentes marinhas, fora do alcace delas...
Kullirag: Então o que vai ser? Piranhas ou Serpentes marinhas? =D
Baron Basilisk: Tenho mais chances com as serpentes. As piranhas iam nos devorar em três segundos...
Kullirag: Eu não quero ser devorado, em qualquer sentido da palavra! =D
Baron Basilisk: Pára de falar besteira! Vamos logo! Swa-chan, vamos logo.
O Barão e Kullirag começam a voar, Swallow engole o sorvete numa só mordida e segue os outros dois.

Enquanto isso, no território das Serpentes Marinhas...
Byassa estava brincando com os filhotes recém-nascidos de uma das serpentes. A princesa já tinha ganhado a confiança das serpentes e podia se aproximar dos filhotes sem medo, ao contrário de qualquer outro ser estranho que aproxime-se do território.
De repente, a mãe dos filhotes fica observando a superfície, Byassa faz a mesma coisa.

Enquanto isso, acima da superfície...
Swallow: Papai, já chegamos?
Baron Basilisk: Não, Swa-chan, não chegamos.
Eles estavam viajando à algum tempo, era a nona vez que Swallow perguntava aquilo.
Swallow: Papai, tô com fome...
Baron Basilisk: Swallow, só aguenta mais um pouco já estamos chegando.
Swallow: Papai, tô com sede...
Baron Basilisk: Só aguenta um pouco, Swa-chan. Só não beba...
O Barão olha para trás e vê Swallow mergulhando a cabeça no oceano.
Baron Basilisk: SWALLOW!!!
O Barão se aproxima de Swallow e tira ela da água.
Baron Basilisk: O QUÊ É QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! QUER MATAR A GENTE?!?!?!?
Swallow: Mas eu só tava bebendo água... ó.ò
De repente, uma elevação de água começa abaixo dos dois e então, uma imensa serpente marinha surge com a boca aberta, pronta para devorá-los.
Baron Basilisk: É POR ISSO QUÊ VOCÊ NÃO DEVIA TER BEBIDO A ÁGUA!!!
O Barão empurra Swallow para o lado e é devorado pelo monstro. Este volta para a água.
Swallow: PAPAAAAI!!!!!!!!!!!

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário